Família faz homenagem e entrega hambúrgueres em hospital no dia do aniversário de médico que morreu por complicações da Covid no AC


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Quase dois meses depois da morte do médico oftalmologista Laurence Huamani Alvarez, de 51 anos, que faria aniversário nessa quarta-feira (24), a família dele se reuniu e fez a entrega de 120 hambúrgueres e refrigerantes no Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, em homenagem a ele, no dia em que seria comemorado o aniversário de 52 anos.


A homenagem ocorre dois dias antes de completar dois meses da morte do médico, que ocorreu no dia 26 de janeiro, por causa de uma trombose em consequência da Covid-19. Apaixonado pelo trabalho de cuidar das pessoas e por aviação, antes de dar o último adeus, o profissional que atuava na linha de frente no combate à doença e passou 34 dias internado, fez um último pedido. Já que não poderia ter uma última viagem de avião, ele queria ouvir o barulho de uma aeronave.


Quase dois meses depois, a família fez questão de mostrar que o amor dele pelas pessoas continua vivo e foi até o hospital onde ele trabalhava e onde morreu para prestar homenagem. Na embalagem foi colada uma mensagem aos amigos de trabalho para mostrar que o gesto tem como objetivo levar descanso e acalento para os colegas de trabalho.



"Ontem foi aniversário dele e, em comemoração, a gente decidiu fazer os hambúrgueres. Tenho certeza que ele teria gostado dessa iniciativa porque a doação para o pessoal do hospital onde ele trabalhava era a segunda casa dele", disse o irmão Juan Alvarez.


Os familiares passaram por todas as alas do hospital, desde a de atendimento da Covid, UTI, enfermaria, UTI geral, ala cirúrgica e clínica médica.


"Ficamos com as blusas em homenagem para que as pessoas saibam que o Laurence ainda está presente, embora não seja fisicamente, mas, no coração da gente, ele está presente e faz com que a gente continue fazendo esse tipo de contribuição para a sociedade como ele fez. O pessoal ficou comovido, alguns choraram, tenho certeza que meu irmão deve ter gostado muito de ver. Foi emocionante e a gente fazendo essa pequena doação e as pessoas estão no hospital, no meio de uma pandemia, salvando vidas e esse incentivo emocionou muito", relembrou.
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Alvarez teve Covid, foi curado da doença, mas as complicações surgiram, ele chegou a amputar a perna direita e morreu por causa das complicações da doença, segundo a mulher.


Na época do óbito, a esposa do médico, a enfermeira Ivanez Queiroz contou que o marido não tinha comorbidades e começou a sentir os sintomas dia 19 de dezembro do ano passado. Dia 21 ele foi para o Hospital do Juruá porque não estava saturando bem. Desde então, ele ficou internado, passou uma semana na enfermaria Covid, depois foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 85% dos pulmões comprometidos, onde também passou uma semana. Ele não chegou a ser entubado neste período.


Depois de uma semana na UTI, ele recebeu alta e voltou para a enfermaria, onde ele fez exame e foi diagnosticado que ele já estava curado da doença, porém, continuou no hospital porque estava sendo acompanhado pela cardiologista.


“Estava sendo acompanhado porque começou com umas dores nas pernas e depois disso a doutora solicitou um dopller e foi identificado que tinha um trombo na artéria da perna direita, e depois dai foram aumentando as complicações”, contou a enfermeira.


Depois de uma semana de identificar a trombose, o médico precisou amputar a perna direita abaixo do joelho. A esposa ainda contou que tinha sido identificado outro trombo na perna esquerda e se ele tivesse sobrevivido, ficaria sem as duas pernas.

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Fonte: G1

Jornalista: Alcinete Gadelha

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